quinta-feira, 1 de setembro de 2011

O mal estar do professor

Fontes de mal estar do professor:

1) aumento das exigências sobretudo devido ao desempenho de novas tarefas que não são acompanhadas pela formação adequada;

2) inibição educativa de outros agentes de socialização. Por exemplo, ensinar certas atitudes, que tradicionalmente eram da competência da família;

3) desenvolvimento de fontes de informação alternativas à escola, o que implica uma revisão do papel do professor;

4) ruptura do consenso social sobre o que deve ser a educação escolar: de um certo acordo tradicional passou-se para uma pluralidade de opiniões;

5) aumento das contradições no exercício da docência: o professor desempenha papéis que não são de fácil conciliação, por exemplo, prestar apoio afetivo e classificar;

6) mudanças de expectativas em relação ao sistema educativo: de um ensino de elite, baseado na seleção e competência passou-se para um ensino de massas mais incapaz de assegurar um trabalho adequado dos alunos;

7) modificação do apoio da sociedade ao sistema educativo: parece existir a ideia de que os professores são os únicos culpados do funcionamento escolar;

8) menor valorização social do professor, sendo o aspecto econômico um revelador desta situação;

9) mudança dos conteúdos curriculares, devido ao extraordinário avanço das ciências e à transformação das exigências sociais;

10) escassez de recursos materiais e deficientes condições de trabalho;

11) mudança das relações professor-aluno: o grande número de alunos, as características particulares de alguns, a falta de autoridade do professor são exemplos de aspectos que contribuem para tal;

12) fragmentação do trabalho, dado que o professor é chamado a desempenhar múltiplos funções o que além de provocar dispersão é impeditivo de um desempenho adequado.

Helena Damião
Publicado no Blog: Rerum Natura

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